quarta-feira, 28 de agosto de 2013

"Na faculdade, você só conhece a profissão que escolheu aos 45 minutos do segundo tempo"

Hoje, conversei pelo Skype com um jovem amigo que conheci no Rio Rock & Blues Club.  Ele é sócio de um site onde as pessoas avaliam estabelecimentos comerciais, especialmente bares e restaurantes.  Ele está na Califórnia participando de um processo para alavancar start ups.  Seu site chama-se Glio e seu projeto foi selecionado entre projetos de todo o mundo para receber ajuda, captar investidores e poder alavancar seu negócio. O nome desse meu amigo é João de Paula e, nesse caso, não há necessidade de ocultar sua identidade.  Pelo contrário, quero mais que as pessoas o conheçam e vejam seu exemplo de coragem e ousadia.

João se formou em direito.  Ele era fascinado pela imagem do advogado defendendo causas no tribunal.  Fez o vestibular, passou e começou a cursar a universidade.  João contou que os primeiros anos foram ótimos, mas, com o passar do tempo, foi percebendo que a profissão que escolheu não era nada daquilo que imaginava. "Na faculdade, você só conhece a profissão aos 45 minutos do segundo tempo", ele disse.

Sim, é fato!  Quantos jovens escolhem uma carreira sem conhecê-la de verdade?  A falta de informação é grande e, muitas vezes, descobrimos que a profissão escolhida não era nada daquilo que imaginávamos.  João escolheu direito não apenas porque era fascinado pelo trabalho dos advogados nos tribunais, mas também porque acreditava que era uma profissão que poderia lhe render um futuro melhor.  Muitas coisas aconteceram na história de João que valem a pena contar.

Faltando um ano para se formar, ele já sabia que estava no caminho errado, mas decidiu concluir o curso.  Ponto para João!  Ele fez estágio e acabou sendo contratado pela empresa ganhando um excelente salário para um jovem da sua idade. "Meu padrão era melhor do que a maioria dos meus amigos", ele revelou.  O que poderia ser sedutor e manter João trabalhando naquilo que não gostava, não influenciou sua decisão.  Mesmo sem ter nenhuma perspectiva João decidiu largar o emprego.

Foi então que, numa conversa de bar, ele conheceu o projeto do site Glio.  A ideia motivou João e ele abraçou-a de corpo e alma, se tornou sócio no projeto e começou a trabalhar ganhando apenas o mínimo indispensável para sobreviver.  Quantas pessoas teriam a coragem de fazer o que João fez?  Quantas pessoas não seriam seduzidas pelos bons salários e passariam suas vidas acomodadas fazendo aquilo que não gostam, odiando as segundas-feiras?  É triste, mas a maioria das pessoas pensa assim e preza coisas como a segurança e o status na hora de fazer suas escolhas e tomar suas decisões.  As pessoas não percebem que agindo assim estão cavando um poço cada vez mais fundo e cada vez mais difícil de sair.  Não percebem que estão abrindo mão de serem felizes plenamente acreditando que podem comprar a felicidade com o dinheiro de um trabalho que não lhes proporciona nenhum outro prazer.

Quando a gente faz o que gosta a gente tem motivação para aprender, se desenvolver e buscar o sucesso.  João correu atrás.  Ele desenvolveu habilidades e competências necessárias para alavancar seu negócio, estudou, pesquisou, está buscando sempre fórmulas para melhorar seu empreendimento e está prestes a colher frutos.  Entre milhares de projetos de todo o mundo, o Glio foi um dos 50 selecionados pelo Y Combinator para participar de um programa de start ups que visa a captação de investidores.  João está nos EUA nesse exato momento conversando e conhecendo gente como os fundadores o Gmail, do Facebook entre outros grandes empreendedores do fantástico mundo virtual.

Ele retorna no dia 10 de outubro e já programamos uma grande festa no Rio Rock & Blues Club para comemorar sua volta.  Esperamos que ele volte com um contrato assinado com algum grande investidor.  Sim, isso é bem possível.  Mas, como como diz, ele não está pensando no futuro.  Está vivendo seu presente, curtindo cada dia trabalhado, cada reunião realizada, cada contato feito.  Ele está curtindo a sua jornada fazendo o melhor que pode porque é apaixonado pelo que faz.  Pergunte a João se ele está feliz?  A resposta está nos seus olhos.  Veja alguns links sobre o projeto dele e o Y Combinator.

http://techcrunch.com/2013/08/06/glio/
http://ycombinator.com/
http://www.inc.com/magazine/201309/issie-lapowsky/how-paul-graham-became-successful.html



Conheça também o Glio: www.glio.com.br

Boa sorte João!






domingo, 28 de julho de 2013

Os anjos existem. Os que cuidam de mim moram no alto dessas montanhas


Você sabe o que é um insight?  Já teve algum na sua vida?  Insight é aquele pensamento que vem do nada, um sopro no ouvido, uma voz que fala diretamente na nossa mente como se fosse um anjo nos dizendo alguma coisa.  Algumas vezes, eles nos trazem respostas a perguntas para as quais não encontrávamos soluções.  Outras vezes, nos dizem sutilmente o que fazer ou não fazer.  Alguns chamam a isto de intuição, outros de sugestão. Não importa qual a sua crença, ou como você explica esse fenômeno, nesse final de semana eu tive a prova de como é importante ouvir a nossa intuição. 

Estava na estrada subindo a Serra da Mantiqueira por um novo caminho que eu ainda não conhecia.  Na ânsia de chegar rápido ao meu destino, ameacei pisar mais no acelerador.  De repente, veio aquele pensamento do nada, como se fosse uma voz na minha mente: "Marcelo, para quê pressa?  Aprecie a beleza daquelas montanhas".  E foi o que eu fiz, desisti de acelerar e comecei a observar a paisagem. Logo após eu reduzir a velocidade, surgiu um caminhão desgovernado vindo em sentido contrário em alta velocidade.  Ele invadiu a minha pista e não havia nada que eu pudesse fazer a não ser torcer para que ele conseguisse corrigir o rumo.  Felizmente, ele conseguiu e passou de raspão pelo meu carro.

Depois do enorme susto, eu parei e refleti: "Meu Deus, se eu não tivesse tirado o pé do acelerador eu estaria mais na frente no momento em que o caminhão invadiu minha pista e ele teria me atingido!  Se eu não tivesse ouvido o que a aquela voz soprou sutilmente no meu ouvido eu teria acelerado o carro e não estaria vivo agora!". Então, olhei para as montanhas novamente e tive a impressão de que os anjos que cuidam de mim estavam lá de cima, me protegendo.  

Será que eles existem?  Para mim, nesse dia, eu achei que sim.  Depois de passar por aquele momento, tive a certeza que temos um destino, uma missão a cumprir em nossas vidas e que somos avisados quando alguma coisa está errada.  Talvez a gente tenha uma hora certa para partir, para deixar esse mundo.  Por isso, não podemos deixar nossa existência aqui na Terra passar em branco.  

Nós não sabemos qual é a nossa missão.  Quando nascemos recebemos um papel em branco onde escrevemos nossa história.  Acredito que temos a liberdade de escrevê-la da forma que queremos.  O que eu penso é que existem diversos caminhos para os quais somos levados conforme vamos preenchendo essa folha.  Um acontecimento puxa o outro.  Uma ação, causa uma reação.  Uma atitude causa uma consequência.  Quanto mais seguimos o caminho do bem, quanto mais procuramos crescer e evoluir, quanto mais ajudamos outras pessoas, mais somos ajudados.  

Hoje, eu fui ajudado.  Você pode não acreditar, mas para mim, agora eu sei a residência de alguns dos anjos que me protegem. Eles moram no alto das montanhas da Serra da Mantiqueira.





   

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Como você gasta o seu tempo?

O dia tem apenas 24 horas, mas é incrível como para algumas pessoas ele parece durar mais.  Elas conseguem realizar mais coisas do que outras nesse mesmo espaço de tempo.  Então, há muito eu me perguntava por que isso acontece. Fui um workaholic durante vários anos.  Queria aproveitar o meu tempo e produzir o máximo que podia. Trabalhava mais de 12 horas por dia porque acreditava que essa era a receita para alcançar o sucesso e realizar todos os meus sonhos.  Tentava fazer várias coisas simultaneamente com a certeza que, dessa forma, produziria mais.  Ledo engano.

Um problema de saúde me fez rever meus conceitos. Fui obrigado a trocar pelo menos duas horas do meu tempo dedicado ao trabalho pela prática de exercícios físicos. Antes, eu dizia que nunca tinha tempo para isso. O curioso é que, depois de promover essa mudança, mesmo trabalhando menos, minha produtividade aumentou. Então, eu percebi que não era dono do meu tempo.  Outras pessoas o comandavam sem que eu percebesse e, por isso, ele se esvaia como as águas de um rio sem o meu controle.  Quando alguém ligava para mim no meio de uma tarefa e eu atendia achando que poderia estar perdendo algum negócio importante, na verdade, eu estava era cedendo o meu tempo para essa pessoa, dispersando a minha atenção e perdendo o meu foco.

Passei a observar as pessoas que conseguem realizar grandes projetos e vi como elas são donas do seu tempo.  Percebi como mantém o foco em seus objetivos de forma organizada.  Quando alguém diz não ter tempo para algo, na verdade está dizendo que aquilo não é sua prioridade.  Então, eu fui forçado a avaliar melhor quais seriam as verdadeiras prioridades na minha vida pessoal e profissional e, com essa simples avaliação, eu passei a administrar meu tempo de forma mais racional.

Entre as diversas pessoas que entrevistei durante meus estudos sobre motivação e empreendedorismo, estava Carlos.  Sua história é muito parecida com a minha e cito-a em meu livro “Até que enfim é segunda-feira”.  Ele era um empresário do ramo do turismo e trabalhava muito. Assim como eu,  ele acreditava que esse era o caminho para conseguir realizar seus objetivos e fazer sua agência de viagens crescer.  Ele tinha um sócio com quem compartilhava seu sonho que, pontualmente, fechava suas gavetas às 18h e ia para academia de ginástica.  Carlos achava que deveria ser melhor remunerado, uma vez que trabalhava mais horas. O clima entre os dois ficou ruim quando alguns negócios não se concretizaram e Carlos culpou a falta de dedicação de seu parceiro.  

Pouco tempo depois, Carlos foi surpreendido com a notícia de que sua filha estava com leucemia.  Foram meses e meses de tratamento que exigiram que ele também fechasse suas gavetas e fosse embora do trabalho pontualmente para cuidar da sua filha.  Ele teve que priorizar as tarefas da agência e se concentrar no que era realmente importante. 

A história teve um final duplamente feliz.  Sua filha ficou curada e a agência continuou a crescer.  Então, Carlos também percebeu como o segredo do sucesso não está na quantidade de trabalho que realizamos, mas na qualidade do trabalho, e isso significa priorizar tarefas.  

Tenho inúmeros amigos da chamada Geração Y que vivem “conectados” 24 horas.  Suas telas de computador ficam ligadas com inúmeras janelas e programas abertos simultaneamente.  A todo momento recebem e respondem mensagens.  Eles acham que isso significa ganhar tempo, mas, na verdade, estão perdendo foco.  E ter foco é fundamental para a produtividade.  Quando estamos absolutamente focados na realização de uma tarefa, produzimos mais e melhor.

Muitas vezes queremos queimar etapas em nossa vida e antecipar conquistas.  O mundo contemporâneo é um convite à ansiedade.  Cultivamos a ideia de que quanto mais rápido atingirmos nossos objetivos, melhor.  Com essa mentalidade, muitas vezes, queremos construir nossa carreira e nossos negócios sem respeitar o tempo para montar uma base sólida de conhecimento. Queremos obter resultados quando ainda não estamos preparados para isso. 

A partir dos meus estudos criei um ciclo para administração do nosso tempo divido em quatro etapas fundamentais: o tempo para despertar, o tempo para aprender, o tempo para construir e o tempo para compartilhar. O tempo para despertar é a etapa da nossa vida em que devemos focar nossos objetivos na descoberta da nossa essência para identificar quais são nossos talentos e o trabalho capaz de nos apaixonar e motivar.  Nessa fase, experimentamos coisas para nos testar, saber quais são nossos limites, o que gostamos e desgostamos e, dessa forma, nos conhecermos melhor para poder encontrar o trabalho com o qual, de fato, nos sentiremos felizes e realizados.

A segunda etapa, é o tempo de aprender.  Nesse período, você investirá na aquisição dos conhecimentos para se tornar uma pessoa capaz de realizar seu sonho.  Só depois de aprender, podemos iniciar a etapa que chamo do tempo de construir, que é o momento em que você, de fato, começará a produzir e construir uma carreira ou realizar um projeto.  Por fim, nunca devemos esquecer a última e importante etapa do ciclo: o tempo de compartilhar.  Classifico essa etapa como uma grande missão em nossas vidas: dividir nosso conhecimento e experiências com os outros, ajudando-os a traçar caminhos melhores a partir da nossa vivência.

Para ajudar na administração do nosso tempo, esse patrimônio tão valioso, montei um gráfico que ilustra como devemos utilizá-lo conforme cada etapa do ciclo.  Aplique-o em sua vida, seja dono do seu tempo e crie as condições para realizar todos os seus objetivos.




No início, a maior parde do nosso tempo deve ser ocupada com o aprendizado, conforme nos tornamos capazes, começamos a dividi-lo com a construção, ou seja, com o trabalho de fato. No fim, devemos dedicar tempo para compartilhar.  O tempo da descoberta está presente em todo o ciclo, afinal, sempre devemos dedicar uma hora para refletir sobre nossas escolhas, propósitos e mudar rumos, quando necessário.

O ciclo pode se repetir inúmeras vezes ao longo de nossa vida, sempre que desejarmos realizar um novo projeto ou mudança profissional.  Vá em frente e assuma o controle do seu tempo! 

sexta-feira, 17 de maio de 2013

A diferença entre habilidade, competência e talento


Se você pudesse recomeçar tudo do zero, voltar no tempo, escolher uma nova carreira e refazer seus planos profissionais, o que você faria?  Procuraria identificar algo para qual você tem grande habilidade e, dessa maneira, ter mais chances de ser bem sucedido?  Escolheria algo que as pessoas acham que você faz de forma competente acreditando que, por causa disso, você teria emprego garantido e seria bem remunerado?  Ou escolheria algo para o qual você acha que tem talento?

Existem muitas interpretações diferentes para as palavras Habilidade, Competência e Talento.  Eu criei uma interpretação própria para ajudar pessoas a tomarem decisões e planejarem seu desenvolvimento profissional rumo ao sucesso e, principalmente, à felicidade!

Habilidade, na minha definição, significa o resultado do aprendizado mais o treinamento.  Quando você aprende alguma coisa e pratica, você desenvolve uma habilidade.  Todos nós desenvolvemos habilidades ao longo da vida. Um dos exemplos mais simples é dirigir um automóvel.  Você aprende, pratica e desenvolve a habilidade.  Desenvolver uma habilidade é fácil. A maioria das pessoas tem capacidade para conseguir.

Entretanto, existe um segundo estágio, chamado Competência, que nem todos conseguem alcançar.

A Competência, na minha definição, é o resultado da Habilidade mais o Comportamento.  Você pode ter habilidade para dirigir, mas ser desatento!  Essa característica do seu comportamento te impedirá de ser competente dirigindo, porque, mesmo tendo habilidade, você estará sujeito a sofrer acidentes!  A Competência depende, portanto, de comportamentos adequados.

A Competência é o produto final do nosso trabalho.  Quando as pessoas dizem que somos competentes em alguma coisa é porque elas enxergam que temos habilidade e comportamento adequado. Nem todo mundo é competente naquilo que faz. Muita gente não consegue crescer na vida profissional porque não possui comportamentos adequados.  É comum pessoas serem contratadas pelas suas habilidades e, pouco tempo depois, serem demitidas pelo seu comportamento.

É possível corrigir isso?  Sim, é!... Entretanto, mudar comportamentos nem sempre é fácil.  Nessa hora, a peneira começa a ficar mais fina. Talvez, você consiga contar nos dedos quantas pessoas que você conhece que são realmente competentes naquilo que fazem.  Mudar ou criar comportamentos exige muita vontade e determinação. É como parar de fumar, alguns conseguem... outros não!

Finalmente, existe um último estágio além da Competência, que eu chamo de Estágio da Excelência!
A pessoa excelente em alguma coisa é aquela que faz o trabalho não apenas corretamente, mas de forma excelente! Ela surpreende... excede as expectativas!  A Excelência é o que faz as pessoas se destacarem das demais.

Como atingimos a Excelência?  Na minha definição a excelência é a conjunção da competência com algo muito, muito especial chamado Talento.  E o que é o TALENTO?... Talento, para mim, é uma predisposição natural para você fazer alguma tarefa.  É algo com o qual já nascemos.   Está no nosso DNA. O problema é que muita gente não consegue enxergá-lo.  Quando dizemos, "nossa... que Talento desperdiçado!" é quando nos referimos a uma pessoa que mostra uma enorme vocação para alguma coisa, mas faltou algo para ela conseguir aproveitar aquele Talento com o qual nasceu.

Entendeu?  Então, agora que você já sabe o significado de Habilidade, Competência e Talento, volto à pergunta inicial:  se você pudesse voltar no tempo e fazer tudo de novo, como escolheria e planejaria sua vida profisional? Provavelmente você escolheria uma carreira para a qual acredita ter talento, não é mesmo?  Afinal, o talento é a única coisa que a gente não pode adquirir ou mudar.  Ele já nasce conosco e será indispensável para você ser "excelente"!

Por isso, enxergar nossos talentos é o primeiro passo para escolher o que a gente vai fazer na vida.  Depois, basta desenvolver as habilidades necessárias e adquirir ou mudar os comportamentos para alcançar a Excelência. Mas, chegar lá não é fácil.  Nos próximos posts vou contar histórias de pessoas que descobriram seus talentos, mas não conseguiram aproveitá-los.  Acompanhe o blog, compartilhe suas experiências e dê suas opiniões.










segunda-feira, 13 de maio de 2013

Quando o talento se revela

Nesse final de semana assisti a um domentário sobre a vida de Albert Einstein, o gênio da ciência.  Eu já sabia um pouco sobre sua história. Reza a lenda que ele foi um péssimo aluno na escola.  Assistindo ao documentário, não apenas confirmei esse fato, mas também o fato de que, quando jovem e ainda em busca de seus sonhos, ele era considerado um fracassado pela família.
Como pode um gênio do porte de Einstein não ter seu talento revelado desde cedo?

No início do século passado jovem Einstein era um professor sem muita expressividade e começou sua vida profissional trabalhando como um burocrata no departamento de patentes da cidade de Zurich, na Suíça.  Mas ele tinha um dom especial: uma imensa curiosidade e uma capacidade enorme de imaginar.  Foi a sua curiosidade e imaginação, aliadas à sua habilidade em física e matemática, que lhe deram as ferramentas para criar a Teoria da Relatividade e revolucionar a ciência.

Mas, isso não seria suficiente se ele não tivesse outra qualidade na sua personalidade: a obstinação.  Sua teoria era tão revolucionária que ninguém acreditaria se não houvesse como prova-la.  Foram anos e anos desde 1905, quando ele publicou a primeira parte da sua teoria, até 1921, quando ganhou o prêmio Nobel e foi reconhecido como um dos grandes gênios da humanidade de todos os tempos.

Imagine se o jovem Einstein continuasse por alguma razão sendo um burocrata, fazendo atividades mecânicas, sem nenhuma necessidade criativa.  Sim, um dos maiores talentos da história teria sido desperdiçado.  Aos olhos dos professores da sua escola, onde estudou quando criança, ele era um garoto sem futuro, que faltava às aulas constantemente.  Na opinião de sua família, ele era um fracassado porque era um professor sem expressividade.

Entretanto, ele não abandonou suas ideias e convicções.  Usou sua enorme inteligência para, não apenas desenvolver as teorias que revolucionaram o mundo, mas também para fazer com que fossem reconhecidas.  Sua história é um misto de razão e emoção.  Ele ouviu seu coração buscando realizar de forma obstinada aquilo que desejava, ao mesmo tempo que usou sua razão para encontrar os caminhos para ter êxito.

Quantos talentos não estão adormecidos por ai, esquecidos nas repartições públicas, fazendo serviços burocráticos?  Quantas pessoas não são avaliadas por atitudes e comportamentos nas escolas considerados inadequados?  Quantas pais não criticam seus filhos por não seguirem aquilo que eles acham que é o melhor para suas vidas?

Os talentos estão em todos os lugares, em cada esquina, sentados, às vezes, do nosso lado em uma mesa de bar.  Estão ansiosos para serem descobertos, para que alguém acredite neles e lhes dê a chance de fazerem o que gostam e provarem que são capazes de realizar grandes coisas!  O talento está dentro de você.  Descubra qual é o seu talento e torne-se uma pessoa especial!

Nos próximos posts, vamos conversar sobre como descobrir o seu talento!

quinta-feira, 9 de maio de 2013

O importante papel do coach


Nesse último fim de semana presenciei uma das cenas que mais me impressionaram nos últimos tempos.  Participei de um curso sobre Eneagrama, uma ferramenta milenar para autoconhecimento que identifica no indivíduo os nove traços da sua personalidade.  O Eneagrama é utilizado por psicólogos e coaches nos processos de desenvolvimento pessoal e profissional.  Ainda existem algumas resistências quanto à sua aplicabilidade.  Ela não é reconhecida oficialmente por muitas entidades profissionais ligadas à psicologia.  Eu era uma das pessoas que duvidavam da sua eficiência.

Sentado ao meu lado, no curso, estava um jovem muito simpático chamado Joe.  Desde o primeiro momento, ele se mostrou colaborativo.  Trabalhou voluntariamente e ajudou a organizadora do evento em várias tarefas.  Ele morava em Blumenau, Santa Catarina, e veio para o Rio realizar o sonho de ser artista.  Atuou como ator em novelas da televisão e seu maior desejo era gravar um CD e se lançar como cantor de música sertaneja.  Joe cativou todos com sua simpatia e disposição para ajudar o próximo.

Para gerar renda e se manter ele abriu um pequeno negócio, uma lanchonete próxima ao local onde morava.  Mas, segundo ele próprio, essa lanchonete acabou se tornando um impedimento para ele continuar buscando realizar seu sonho ao exigir muito do seu tempo e dedicação.  Assim como muitas pessoas, Joe era mais um que estava visivelmente insatisfeito com sua vida, com suas decisões e incerto sobre quais caminhos seguir para ser feliz e plenamente realizado.

Foi então que o instrutor do curso chamou-o para demonstrar como seria uma sessão de coaching utilizando os resultados do Eneagrama.  Formamos uma roda com as cadeiras e Joe sentou-se no meio diante do instrutor para que todos pudessem observar o processo.  Ele fez o Eneagrama e seu teste apontou o traço 1 como sendo o mais forte da sua personalidade.  Esse traço é o chamado "Organizador". É o tipo obcecado por ordem, disciplina, rotinas e métodos.  Isso leva as pessoas que possuem esse traço como principal característica a buscarem a suposta perfeição em tudo que fazem e, por isso, se tornam extremamente autocríticas de si próprias.

O instrutor começou a fazer perguntas para Joe sobre seu trabalho, sonhos, desejos e sobre suas memórias, principalmente da infância.  Ele foi levando a relembrar seu passado e todos se emocionaram com seu depoimento.  Ele tinha um pai extremamente conservador e repressor, que pouco lhe dava atenção.  O instrutor levou Joe a olhar para si próprio, como se fosse uma outra pessoa, e perceber como era sua postura, sempre inclinada e de subserviência.  Os pontos negativos de sua personalidade perfeccionista e autocrítica eram os obstáculos que o impediam de crescer e de se lançar para realizar seu sonho.  Ele nunca tentaria porque achava que nunca estaria bom e preparado o suficiente!

O que aconteceu foi impressionante.  Ele estava sentado de costas para mim e não vi seu rosto durante a conversa com o instrutor.  Quando terminou o processo e ele se virou, quem estava lá não era mais o Joe que começou o curso.  Era outra pessoa, completamente renovada,  autoconfiante e disposta a buscar seus objetivos.  Foi inacreditável.

Nos tornamos amigos e minha história também o fascinou.  Combinamos de manter contato e eu me dispus a ajuda-lo de alguma forma a realizar seu sonho musical.  Vou acompanhar seu desafio e espero poder contar neste blog, muito em breve, que ele conseguiu!

A grande lição que tirei dessa experiência foi como é importante em certos momentos da vida profissional buscarmos a ajuda de um coach para nos fazer enxergar nossos pontos fracos, deficiências e o que devemos fazer para supera-las e conseguir realizar nossos objetivos.  Foi um aprendizado fantástico que recomendo a todos.  O autoconhecimento, saber o que temos de virtudes e defeitos, quais são nossos talentos e o que precisamos melhorar são condições indispensáveis para nos tornarmos pessoas melhores, atingir o sucesso e a felicidade. 

Quem tiver interesse em conhecer mais como é o trabalho de coaching e quiser uma indicação de profissionais habilitados para ajudar no seu desenvolvimento pessoal e profissional, escreva para mim.


terça-feira, 30 de abril de 2013

Como fazer uma transição na vida profissional

A grande pergunta que muitas pessoas que desejam mudar seus rumos profissionais fazem é: como eu posso investir numa nova carreira ou atividade profissional se eu não tenho como me manter durante o período de transição.  Sim, construir uma nova carreira ou negócio demanda tempo.  Nada acontece da noite para o dia.  No meu caso, eu fui fazendo uma transição lenta e gradual.  Eu trabalhava como assessor de comunicação e marketing.  Minha renda era proveniente dos contratos com meus clientes.  Quando decidi que mudaria minha vida, eu passei a dedicar mais tempo ao meu novo empreendimento, aquilo que me dava prazer.  Mantive meus clientes por um tempo e, conforme meu novo negócio ia gerando renda, eu ia encerrando meus antigos contratos.  Foi uma transição que durou quase cinco anos. Fui tentado inúmeras vezes a aceitar trabalhos pelo dinheiro na minha antiga atividade, mas resisti.  Percebi que a tentação de ter ganhos rápidos iria me tirar o foco e prejudicar a realização do meu verdadeiro sonho.

No livro "Até que enfim é segunda-feira" conto algumas histórias de transformação além da minha.  Uma delas é a de uma moça que vou chamar de Bárbara para preservar sua identidade. Ela morava no interior do Rio Grande do Sul, fez faculdade de nutrição, se formou, fez mestrado e decidiu fazer o doutorado no Rio de Janeiro. Bárbara já percebia que não estava apaixonada pela carreira que tinha escolhido, mas ainda não sabia que outro caminho seguir. Ensinar era a sua paixão desde a infância, mas, na verdade, ela tinha decidido vir para o Rio de Janeiro muito mais motivada por viver na cidade maravilhosa do que, propriamente, pelo estudo.  O doutorado era apenas uma desculpa para a família e para ela própria.

Após um ano, Bárbara decidiu que ia fazer outra coisa da sua vida, estava cansada do jogo de vaidades e do ambiente hostil da universidade. Aquele não era o seu habitat natural. Para auferir renda e se manter, trabalhou em diversas atividades e, em um dos seus empregos, atuou como gerente de uma loja de informática.  Nessa função, ela teve a oportunidade de fazer um treinamento de desenvolvimento pessoal e liderança que mudou sua vida. Ela ficou encantada pelo curso e pelo trabalho do instrutor.  Foi como Bárbara descobriu que queria desenvolver pessoas. Isso era o que ela buscava quando decidiu seguir a carreira acadêmica, mas ela queria fazer isso de uma forma diferente, investiu em sua capacitação e se tornou Coach

Em sua conversa comigo, ela disse que se realiza ao ajudar pessoas a se desenvolver e ser uma ferramenta de transformação na vida dos outros. Em suas lembranças mais prazerosas da infância, ela relata que brincava de aulinha com suas bonecas, usando giz e quadro-negro, seu brinquedo favorito que guarda até hoje na casa dos seus pais, no Sul.

Enquanto fazia sua transição, Bárbara buscou fórmulas para gerar renda e se manter. Ela procurou exercer atividades que não ocupassem seu tempo integral e permitissem que ela continuasse investindo no que realmente desejava.  Ela sabia que ter foco seria fundamental na construção da carreira. Sobre essa questão, tenho mais histórias para contar entre os diversos casos que estudei, acompanhe o blog e compartilhe suas histórias comigo.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Bem-vindo ao blog Até que enfim é segunda-feira



Olá amigos,

Hoje, inauguro um novo canal para disseminar a missão que adotei após começar a trabalhar em algo que me apaixona: estimular pessoas a acreditarem nos seus sonhos e buscarem a felicidade trabalhando naquilo que gostam.  Após promover uma grande transformação profissional por volta dos 40 anos, fundei uma instituição para realizar estudos e pesquisas sobre a relação do indivíduo com o seu trabalho.  Em 2007 nasceu o Instituto Imprendere.  De lá para cá, venho realizando estudos em uma área fascinante, procurando entender por que tomamos decisões na vida que, muitas vezes, nos desviam do que realmente desejamos e o que realmente nos fará feliz. 

Essa história de transformação e muito do que aprendi eu conto no livro "Até que enfim é segunda-feira", que vem inspirando muita gente a buscar novos caminhos profissionais para alcançarem a felicidade plena.  É impossível ser feliz plenamente estando infeliz no trabalho.  Vida pessoal e profissional se misturam, são indissociáveis.  No livro, além da minha história, eu conto histórias de outras pessoas que conheci e pesquisei ao longo desses mais de 5 anos de estudos.

Esse blog que estou inaugurando hoje vai compartilhar essas histórias e abrir espaço para novos depoimentos.  Se você viveu uma transformação grande na sua vida profissional que te levou a encontrar a felicidade, ou se está pensando em fazer isso, compartilhe sua história, dúvidas e experiências comigo.  Sua história pode ajudar muitas outras pessoas a encontrar novos caminhos.

Então, muito bem-vindo ao blog.  A partir de hoje, vamos começar a conversar sobre trabalho, paixão e felicidade.  Vamos descobrir novas estradas juntos, caminhos que você pode escolher e que te levarão a ser realizado e feliz todos os dias.

Um grande abraço a até breve.